O descaso só me incomoda quando vem acompanhado de exigências.
Que nossa unha encravada doa mais que a fratura exposta do outro já passei a achar normal em todos nós, guardadas as devidas proporções.
Mas, achar que o outro tem que juntar seus ossos, engolir a dor para assim vir ao nosso auxilio, ainda é coisa que me espanta.
Coisas pequenas me dão muita alegria, porem confesso que coisas ainda menores chegam a me incomodar numa proporção muito maior.
Falar ao invés de calar, eu sei que me torna uma pessoa irritante e sentindo isso comecei a deixar de lado as coisinhas chatas que acontecem com as pessoas menos importantes. Relevar picuinhas com pessoas que a mim não fazem tanta diferença.
Isto pode parecer uma tremenda evolução, só que continuei chato com as pessoas que amo e me importo.
Confesso que isso não é nada agradável.
Onde fica a linha tênue do equilíbrio entre o calar ou falar quando sabemos que de nada adiantaria?
Se não vou mudar a situação, deveria calar-me?
Ou seria bom que, se não posso mudar algo que pelo menos soubessem que não gosto daquilo? As vezes penso que ajo errado, mas por outras penso que a letra do Rappa tem tudo a ver quando diz: “paz sem voz não é paz, é medo”.
Por vezes isso tudo me parece doença. Uma coisinha pequena incomodar feito um dente que não esta doente, mas cismou em ficar sem motivo numa dorzinha chata.
Não dizer o que sinto é como se eu não curtisse tratamento de canal.
Então vou aturando, aturando... Até que da a louca e a dorzinha besta torna-se insuportável, ainda que besta.
Ai chego no dentista mostro o dente que ta incomodando e antes que ele sugira o tratamento digo:
-Pode arrancar.
Ele questiona como pode isso se não precisaria a perda do dente pra resolver a coisa.
E de tanto ter aturado a tal dorzinha imagino que o tratamento simples não adiantaria e ela voltaria com certeza. Também a esta altura já nem to mais ligando pra aquele dente, então educadamente digo:
-O DENTE É MEU KCT. ARRANCA. TO PAGANDO.
Sei que por estas e outras, buscando este equilíbrio, perdi muitos dentes. Restaram apenas aqueles que não prejudicam o meu sorriso.Meu receio é pensar que a liberdade que me concedo de falar, e que me da o antídoto contra aquela dorzinha para os meu dentes da frente, crie neles alguma bactéria que os faça pular por conta própria de minha boca nos, não raros momentos, em que eu não consigo mante-la fechada. Deixando em minha grande boca aberta uma linda janela para que assim eu possa, tranqüilo e satisfeito, gargalhar do mundo.
Que nossa unha encravada doa mais que a fratura exposta do outro já passei a achar normal em todos nós, guardadas as devidas proporções.
Mas, achar que o outro tem que juntar seus ossos, engolir a dor para assim vir ao nosso auxilio, ainda é coisa que me espanta.
Coisas pequenas me dão muita alegria, porem confesso que coisas ainda menores chegam a me incomodar numa proporção muito maior.
Falar ao invés de calar, eu sei que me torna uma pessoa irritante e sentindo isso comecei a deixar de lado as coisinhas chatas que acontecem com as pessoas menos importantes. Relevar picuinhas com pessoas que a mim não fazem tanta diferença.
Isto pode parecer uma tremenda evolução, só que continuei chato com as pessoas que amo e me importo.
Confesso que isso não é nada agradável.
Onde fica a linha tênue do equilíbrio entre o calar ou falar quando sabemos que de nada adiantaria?
Se não vou mudar a situação, deveria calar-me?
Ou seria bom que, se não posso mudar algo que pelo menos soubessem que não gosto daquilo? As vezes penso que ajo errado, mas por outras penso que a letra do Rappa tem tudo a ver quando diz: “paz sem voz não é paz, é medo”.
Por vezes isso tudo me parece doença. Uma coisinha pequena incomodar feito um dente que não esta doente, mas cismou em ficar sem motivo numa dorzinha chata.
Não dizer o que sinto é como se eu não curtisse tratamento de canal.
Então vou aturando, aturando... Até que da a louca e a dorzinha besta torna-se insuportável, ainda que besta.
Ai chego no dentista mostro o dente que ta incomodando e antes que ele sugira o tratamento digo:
-Pode arrancar.
Ele questiona como pode isso se não precisaria a perda do dente pra resolver a coisa.
E de tanto ter aturado a tal dorzinha imagino que o tratamento simples não adiantaria e ela voltaria com certeza. Também a esta altura já nem to mais ligando pra aquele dente, então educadamente digo:
-O DENTE É MEU KCT. ARRANCA. TO PAGANDO.
Sei que por estas e outras, buscando este equilíbrio, perdi muitos dentes. Restaram apenas aqueles que não prejudicam o meu sorriso.Meu receio é pensar que a liberdade que me concedo de falar, e que me da o antídoto contra aquela dorzinha para os meu dentes da frente, crie neles alguma bactéria que os faça pular por conta própria de minha boca nos, não raros momentos, em que eu não consigo mante-la fechada. Deixando em minha grande boca aberta uma linda janela para que assim eu possa, tranqüilo e satisfeito, gargalhar do mundo.
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