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sábado, 23 de novembro de 2013

Roleta Luna

Já se cala a fala a toa
Se do todo foi ralo na água que escoa
Hoje ainda rubro bem mais que o vinho
Pedra ou não, meu caminho.









quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Eu ando,  canso, aprendo...
Eu corro, choro, aprendo...
Eu riu, me engano, aprendo...
Eu caio, levanto, aprendo...
Eu corro, me escondo, aprendo...
Eu erro, volto, aprendo...
Eu acerto, erro de novo, aprendo...
E percebo que a cada passo que dou nunca sei bem o que fazer...
Eu me pergunto então...
De que vale tanto aprender.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Jardins secretos


Amo as flores
Amo adentrar o seu jardim
Pulo, brinco sem dor nem pudores
Quando olho para traz
E vejo os danos causados por mim
Fico a pensar quem sou eu
E no porque de eu ser assim





sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Boca velada


 As palavras mais duras são aquelas que perdem a intensidade com a distância voluntaria, aquelas que se perdem no silêncio, aquelas que calam diante das duvidas.
   Para estas meus caros, não existe tentativas de acordo.
   Estes tipos de palavras nascem monossilábicas e morrem em um extenso monologo, nunca suplicam por entendimento e muito menos compreensão.
   Porem elas também não exigem de nós nenhum esforço, nos pedem no máximo esquecimento e resignação.








segunda-feira, 12 de agosto de 2013

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

L´Eremita


   É estranho perceber o quanto o tempo é algo pessoal e intransferível.
   Relembrando um palestrante que sempre citava Leopoldo Machado, a tempestade pode ser sim lá fora, porém a cada um ela passa a seu tempo e modo.
   Sonhos, ambições e vontades aproximam e distanciam pessoas ao passo que vão alterando suas dimensões na individualidade de cada um.
   Nunca me negaria a sonhar, mas hoje sei que cada ser deve sonhar em seu tempo e nunca responsabilizar outrem por não estar presente em seu despertar.
   O cansar do destino nunca sobrecarregara nossas almas se as escolhas do caminho forem nossas apenas e nossa responsabilidade pelas escolhas tornara digna qualquer solidão na caminhada.
   Muitas vezes, por algum tempo, nos pegaremos caminhando sem destino algum, mas nunca sem chão.
   Sabemos a cada momento diferente de nossa caminhada a abertura exata dos nossos passos, onde aperta o calçado e onde devemos sentar e apenas descansar, portanto seriamos cruéis se obrigássemos alguém a nos fazer companhia em um trajeto que desejássemos seguir a nosso tempo e tolos caso desejássemos seguir alguém da mesma forma.
   O que podemos fazer é torcer para que caminhos se cruzem, que em cada um destes reencontros saibamos respeitar o tempo do despertar e adormecer alheio e assim, não invadir o sonho e nem incomodar o sono de ninguém.




sexta-feira, 19 de julho de 2013

A docilidade mora de aluguel


   A triste noticia veio com a frente fria do sul, gelando meu coração e tornando a tentativa de entendimento de tantos porquês tão letárgica que parece ter feito o tempo parar.
   A matéria bem sabe que muitas respostas nem merecem busca, porem nossa parcela espírito apesar de recoberta pela densidade física não se cansa de procurar entender.
   Entender por exemplo, como que com tão pouco convívio e ainda por cima não sabendo se deste pouco haveria mais algum, ainda assim a perda parece nos levar uma grande parte do coração.
   Como pessoas podem nos fazer bem sem tanto fazer e apenas pelo fato de ser quem e como são?
   Como sentir tanto a perda do que teve-se tão pouco e quiça mais teria?
   São coisas inexplicáveis e talvez isto seja a definição mais clara do que significa carinho incondicional.
   Creio que ao invés de maldizermos tal sentimento de dor, melhor seria termos orgulho de que ele exista e nos transcenda um pouco da densa casca humana para uma região dentro de nós onde ainda habita a monada divina original das esferas mais sutis e para as quais creio ainda chegaremos um dia.
   Doce Dulce me deu este presente sofrido, sentir-me, dentro de todas as minhas incapacidades, uma pessoa com a qualidade de chorar a perda do que talvez eu nem tivesse o direito de posse.
   Enfim, para estas coisas sou mesmo atrevido, dou-me o direito à coisas tão boas e portanto choro, ainda que resignado, o fato de que do pouco que tive o nada mais terei.
   Tenho como consolo o acreditar que existe algo alem do que vemos e conhecemos, portanto devera existir uma resposta para este porque em especial e com certeza ao cair do véu desta incógnita, terei um prazer ainda maior que o da tão esperada resposta que é a oportunidade novamente do convívio.
   Vai criança; Desfrute novamente da jovialidade que a carne rouba do espírito quando em tempo físico.
   Que os Céus te acolham com a dignidade que teu viver conquistou e ele assim o fara.
   Que assim seja e assim se faça.
   Sei que em momentos de ternas lembranças a saudade batera forte.







quarta-feira, 17 de julho de 2013

Colorido interior

 
Muitas vezes amanhecemos cinza e se vibrarmos nesta sintonia podemos permanecer assim por um tempo mais longo do que realmente precisamos.
Creio que devemos lançar ao universo tudo o que nos aflige, pois o mesmo tem a sabedoria para nos retornar em forma de intuição para que saibamos como agir.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Heautognose

   Existem lugares maravilhosos que eu gostaria de conhecer, mas o único lugar que minha alma necessita desbravar é o meu interior.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

domingo, 23 de junho de 2013

Voe


Muitas vezes tentei não dar atenção ao meu coração e mante-lo quietinho, porem acredito que pela primeira vez em minha vida decido seguir destino contrário ao que ele me indica e libertar a pessoa amada dos meus sentimentos.
É dolorido, ainda mais percebendo sentimentos de ambas as partes, porem notar em um relacionamento mais dor de que amor torna esta decisão não a mais sensata e sim a unica a ser tomada.
Porem, mesmo diante desta convicção não posso dimensionar em palavras o imenso vazio que sinto.
Como sempre se diz que o tempo é a cura para todos os males, espero que cure também minhas feridas e as que deixei.
Nesta estrada nova caminharei acreditando nesta benevolência do tempo e colocando em minha cartilha as diferentes visões do mundo em relação a ele e nossas dores.
Do apelo popular; Até a uva passa.
Do poeta; Eles passarão... Eu passarinho!
E do gênio; Lembra se puder, se não der esqueça, de algum jeito vai passar.


domingo, 16 de junho de 2013

Desculpem o transtorno, estamos em construção. (Gabriel Chalita)


 O perdão é um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de ressentimento ou raiva contra outra pessoa ou contra a si mesmo decorrente de uma ofensa percebida, diferenças, erros ou fracassos.
   Durante nossa vida causamos transtornos na vida de muitas pessoas, porque somos imperfeitos.
   Nas esquinas da vida, pronunciamos palavras inadequadas, falamos sem necessidade, incomodamos.
   Nas relações mais próximas, agredimos sem intenção ou intencionalmente. Mas agredimos.
   Não respeitamos o tempo do outro, a história do outro.
   Parece que o mundo gira em torno dos nossos desejos e o outro é apenas um detalhe e assim vamos causando transtornos.
   Estes tantos transtornos mostram que não estamos prontos, mas em construção.
   Tijolo a tijolo o templo da nossa história vai ganhando forma.
   O outro também esta em construção e causa transtornos e as vezes um tijolo cai e nos machuca, outras vezes é o cal ou o cimento que suja nosso rosto.
   Quando não é um, é o outro e o tempo todo temos que nos limpar e cuidar das feridas, assim como os outros que convivem conosco também tem que fazer.
   Os erros dos outros, os meus erros.
   Os meus erros, os erros dos outros.
   Essa é uma conclusão essencial: todas as pessoas erram.
   A partir desta conclusão chegamos a uma necessidade humana e cristã.
   O perdão.
   Perdoar é cuidar das feridas e sujeiras, é compreender que os transtornos são muitas vezes involuntários, que os erros dos outros são semelhantes aos meus erros, e que, como caminhantes de uma jornada, é preciso olhar adiante.
   Se nos preocupamos com o que passou, com a poeira, com o tijolo caído, o horizonte deixará de ser contemplado e será um desperdício.
   O convite que faço é que você experimente a beleza do perdão.
   É um banho na alma.
   Se eu errei, se eu magoei, se eu julguei mal, desculpe-me por todos estes transtornos...
Estou em construção.

   Desculpem o transtorno, estamos em construção.

Gabriel Chalita

Recebi hoje por e-mail este texto.
Um texto que eu amaria ter escrito, mas que isto não impede de eu postar em meu blog.
Lendo pude refletir sobre a máxima PHN dos que procuram mudar um pouco a cada dia.
Por Hoje Não  me abaterei pelos meus erros.
Por Hoje Não recriminarei ao próximo pelos seus.
Creio que assim o perdão ao próximo e o auto-perdão  logo baterão plenamente a minha porta.


terça-feira, 11 de junho de 2013

Yo creo en las brujas, y sé que existen gracias a Dios


Bruxas. 

Como defini-las? 


 






Talvez seja impossível 

haja vista existir muitos tipos. 
Todas elas são dotadas de 

poderes mágicos, 
porém apenas algumas 
dotadas de real magia. 



 Não falo das Bruxas do tipo espelho, espelho meu.
Dos desejos pessoais e egoistas.


 


Falo de uma rara espécie 
transgênica de bruxa que 

adquiriu por mérito de 
seu labor
 ao bem-estar comum 
 algumas características 
das fadas 




 Sim, das fadas.

Aqueles seres aos quais foi dado o poder de interferir no destino das pessoas. 


Muitos pensam que poderia esta espécie peculiar, usar deste atributo para manipular os que as rodeiam.







Ledo engano senhoras e senhores.

Seres desta envergadura já sabem 

muito bem que um poder,
conquistado por meio de 
mérito em boas ações perderiam 
suas forças se utilizados de forma 
diferente. 







Seguem então estes seres semeando flores em seu caminho sem tempo de olhar para traz, mas com a certeza de que existira um caminho florido para aqueles que desejarem assim segui-las. 
Pode existir coisa mais doce de que o auxilio sem exigências? 



Embora a docilidade lhe 
sejam o maior atributo,
de tolas não tem nada e 
sabem muito bem livrar-se 
do vampirismo oportunista
de muitos.




Dado a necessidade de 
alimentar-me desta energia boa
 muitas e muitas vezes, 
vivo policiando-me para que
 eu não me transforme em um
 destes vampiros na tentativa 
de um equilíbrio constante 
e siga merecendo o convívio 
com tais seres. 




Sinceramente eu não creio que este estilo de vida 
preencha o lado pessoal de cada uma.

Talvez em seu íntimo exista a inquietude vigente 
em todos mortais e elas apenas detenham o doce poder de 
transformar isto em serenidade à vida alheia. 


Apenas me alegra acreditar
que as energias boas emanadas
por aqueles que reputam de um
mínimo de reconhecimento
possam acalentar qualquer 
aflição que venha acometer 
suas almas.

Todo ser humano é dotado de magia e talvez seja por este motivo que o enredo deste texto segue na terceira pessoa do plural, porem em meu relato real falo de uma pessoa singular como poucas que conheci nesta minha vida.


 Uma pessoa que chegou como diria Alceu, numa bruma

leve das paixões que vem de dentro, 

brincou no meu quintal e semeou muito mais que simples amizade, semeou carinho, consideração, afeto e respeito, com sementes destas que ela tem em abundância em sua bagagem de vida.







Cabelos longos, da cor do seu
circulo de fogo, que costumam 
esvoaçar escondendo a luz 
dos seus “olhos verdes que 
piscam no escuro do céu”.





Uma Raunina que vivenciando as mensagens deixadas pelo mestre transborda carinho e ensinamentos de seu coração.






Pessoa de riso fácil,
convívio sereno e 
de difícil afastamento.
Qualidades estas
Provenientes das
esferas elevadas.





Eu, como mero aprendiz de Xamã,
agradecendo a oportunidade desta convivência rogo ao universo
a sabedoria que me permita nutrir-me parcimoniosamente de sua luz, para que assim sua chama nunca deixe de cumprir a sua missão;
Iluminar.


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Sutil fortaleza


Lendo um texto sobre as belezas e mazelas do amor pude perceber como acho engraçado que o amor, em sua natural simplicidade, seja uma das melhores coisas da vida e quando apenas como uma fuga para a solidão passe a ser a pior.

Tenho para mim que amar é para os fortes.


terça-feira, 21 de maio de 2013

Pequenez


Quando tua vida te parecer pequena, perceba que pequenas são as coisas pelas quais você esta desperdiçando teu foco.