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domingo, 13 de setembro de 2015

O amanhã


Não maldigo as tantas dificuldades que tenho passado, pois são frutos dos pequenos problemas que embarriguei, com a barriga que nem tenho, esperando para resolve-los num amanhã melhor.
Meus queridos, não há amanhã melhor que um presente bem resolvido.
Portanto não desvie das pedras que se prostarem em teu caminho.
Caso não as suporte, se necessário for, decore-a com tinta furta-cor e embeleze teu destino.
Sou escravo apenas do meu corpo e do trabalho que lhe provenha o sustento e a paz, do dinheiro nunca mais.
Já minha alma é liberta, minha alma só quer paz e mais nenhum adereço.
Se eu morresse agora, queria ser recebido ao som de um blues, porque eu gosto e mereço.
Também não exigiria, pois não sou dado a exigência, mas como é mais do meu feitio pediria por clemência, que me dessem o direito de descer em um terreiro, isto mesmo, estes de macumbeiro, e me acostar em um ogã de alma pura porém pouco talento para que eu pudesse intuir a ele a maestria que busco em vida no trato com o instrumento.
Penso que se eu desencarnasse em breve, quem lesse este depoimento pensaria que eu já sabia do meu fim e talvez isto fosse um texto de despedida revestido de lamento.
Meus caros! Do nosso fim todos sabemos.
Só não vê quem para o esclarecimento não teve e nunca terá tempo.
Então hoje busco em vida, acertar erros passados e escolher melhor os caminhos trilhados, pois resolvendo pendências do passado, resgato a paz no meu presente ai sim, em paz, olharei para o amanhã e pensarei... O amanhã a Deus pertence.