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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Boca velada


 As palavras mais duras são aquelas que perdem a intensidade com a distância voluntaria, aquelas que se perdem no silêncio, aquelas que calam diante das duvidas.
   Para estas meus caros, não existe tentativas de acordo.
   Estes tipos de palavras nascem monossilábicas e morrem em um extenso monologo, nunca suplicam por entendimento e muito menos compreensão.
   Porem elas também não exigem de nós nenhum esforço, nos pedem no máximo esquecimento e resignação.








segunda-feira, 12 de agosto de 2013

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

L´Eremita


   É estranho perceber o quanto o tempo é algo pessoal e intransferível.
   Relembrando um palestrante que sempre citava Leopoldo Machado, a tempestade pode ser sim lá fora, porém a cada um ela passa a seu tempo e modo.
   Sonhos, ambições e vontades aproximam e distanciam pessoas ao passo que vão alterando suas dimensões na individualidade de cada um.
   Nunca me negaria a sonhar, mas hoje sei que cada ser deve sonhar em seu tempo e nunca responsabilizar outrem por não estar presente em seu despertar.
   O cansar do destino nunca sobrecarregara nossas almas se as escolhas do caminho forem nossas apenas e nossa responsabilidade pelas escolhas tornara digna qualquer solidão na caminhada.
   Muitas vezes, por algum tempo, nos pegaremos caminhando sem destino algum, mas nunca sem chão.
   Sabemos a cada momento diferente de nossa caminhada a abertura exata dos nossos passos, onde aperta o calçado e onde devemos sentar e apenas descansar, portanto seriamos cruéis se obrigássemos alguém a nos fazer companhia em um trajeto que desejássemos seguir a nosso tempo e tolos caso desejássemos seguir alguém da mesma forma.
   O que podemos fazer é torcer para que caminhos se cruzem, que em cada um destes reencontros saibamos respeitar o tempo do despertar e adormecer alheio e assim, não invadir o sonho e nem incomodar o sono de ninguém.