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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Outono


Das folhas caídas nenhum outono lembrei.
Da fruta mordida nenhuma semente ao solo lancei.
Dos passos que dei não sei ao certo quais eu errei.
Transpondo a curva do rio nada demais avistei.
Nas trupes por onde passei em nenhuma me firmei.
No tumulo aberto nenhuma lagrima chorei.
Sentado em meu canto penso em que tipo de homem eu fui, eu sou e serei.
Talvez a aparência de insensibilidade não mostre o quanto que já me doei e nestas entregas quanto do meu coração entreguei.
Se não me prendo à nada é porque entregas são, pelo que o nome já diz, algo de que eu nada esperei.
E caso não transpareça em mim, sim sou feliz.
Por saber que a cada entrega e empenho despendido em troca algo de bom comigo carreguei.



Um comentário:

Anônimo disse...

Sempre carregamos aquilo que fazemos com o coração..
Beijos ever