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domingo, 31 de janeiro de 2010

Gigante



Um dia quis ser um gigante
Do tamanho do meu pai
Um metro e sessenta e cinco de gente
Que hoje nem sei se faz mais

Um homem forte na simplicidade
De quem ama e do mundo so quer paz
Inteligencia escondida na ingenuidade
De quem não manda fazer, vai la e faz

Sempre achou que da caridade
Era pra ele mais facil dar de que aceitar
Um sonhador que dos sonhos não tenho metade
Mas que nunca se deixou pela grandeza levar

Um tipico homem simples do mato
E nunca do mato ele foi
Me ensinou que sem plantar não se colhe
Mesmo sem nunca ter tocado berrante pra boi

Sabe o lado que deve mais ser exigido
Para que na guerra a paz seja instaurada
Fico entre o orgulho de ser eu o mais repreendido
E o rancor de não ver quem mereça, dele levando palmada

Confesso que me sinto pequeno
Por não ter absorvido dele este entendimento
E num beijo de barba branca para barba grisalha
Olhei hoje pra ele sorrindo enquanto chorava por dentro


Ayahuasca

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