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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Janela II


Janela

Pedaço de vislumbre seguro
Com muitas formas de olhar
Um escancarado sol em meu rosto
A chuva na vidraça a chorar

A veneziana separada pelos dedos
Permitindo a curiosidade matar
A cortina tapando por inteiro
Tudo aquilo que não quero mostrar

Por suas frestas a brisa refresca o momento
Em que o sol incomoda o olhar
A vidraça me protege do vento
Do temporal que meu medo quer observar

As janelas são todos os portais para o corpo
Onde protegido se arrisca seguro em seu lar
Já a alma necessita de portas largas
Pra que a realidade possa adentrar



Ayahuasca

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