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terça-feira, 4 de setembro de 2007

Estações d'alma


Um domingo maravilhoso de sol.
Temperatura amena do tipo que aquece o sangue em nossas veias acompanhada do frescor de uma brisa soprando tão levemente que parece apenas existir para que possa sutilmente balançar as madeixas dos anjos, mas que é suficiente para que mantenha nossa temperatura interna agradável.
E você olha o céu, as nuvens, os pássaros e tudo em volta com olhar de um ser apaixonado pela vida.
Como seu corpo se encontra cansado da semana que se passou, resolve descansar após o almoço para que mais tarde esteja bem preparado para fazer uma das coisas que você mais gosta na vida.
Depois de um descanso merecido você se banha e se apronta como se lá fora existisse apenas a certeza de um dia lindo.
E quando você abre sua porta é presenteado pela mesma brisa com alguns respingos de uma garoa fria que chega a congelar seus ossos.
Pra onde se foi aquele dia lindo, o céu, os pássaros e tudo de bom que você acabara de admirar?
Então, todos meus sentidos adentram aquela camada  cinza de névoa e me envolvo com o mau tempo.
Sei que os dias não podem ser classificados pelo seu clima e sim pelas intempéries de nossas almas.
Portanto afirmo com convicção...
Odeio dias chuvosos quando estes se apresentam a mim salpicados de minha própria melancolia.


Ayahuasca

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