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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Pena do homem pássaro



Gosto de ficar olhando o mar
Gosto do cheiro de mato e da grama recém cortada
Da boca que diz tudo mesmo que ainda calada

Do vento, do ar, de sonhar em voar
Da vida em sua essência mais pura
Mesmo que muitas vezes a mim pareça tão dura

Gosto de amar, de ser amado
De brigar e fazer as pazes
De viver bem relaxado

Gosto de em meus desarranjos parecer mais despojado
Pra disfarçar uma certa normalidade
Fico horas no espelho desarrumando o arrumado

Sou um paradoxo
De orgulho e vergonha...

Um misto de anjo e demônio
De medo e desejo
De real e anônimo

Um misto de crueldade e bondade
Do ter e querer
De prisão e liberdade

Em verdade sou um misto
Da minha própria realidade e vontade


Ayahuasca

2 comentários:

Anônimo disse...

Superação, definição, auto-crítica...Muito bom, adorei!
Eu

Anônimo disse...

Em verdade, somos todos reféns da nossa própria realidade em conflito com a nossa verdadeira vontade.

AMEI Aya!
Bjs